quarta-feira, 20 de julho de 2011

 A seleção brasileira juvenil feminina de vôlei entrou no túnel do tempo e recordou bons momentos vividos em 2008. Na manhã desta QUARTA-FEIRA (20.07), no ginásio Eduardo Dibos, em Lima, no Peru, a equipe fez o primeiro treino no palco do Campeonato Mundial, que começará a partir de sexta-feira (22.07). O objetivo principal era a adaptação ao local, mas foi impossível não recordar a conquista do Sul-Americano Infanto-Juvenil, há três anos.



“Nesse mesmo ginásio, conquistamos o primeiro título com esse grupo. Foi o do Sul-Americano Infanto-Juvenil, em 2008. Daquela formação, oito jogadoras estão na atual equipe e, por isso, as recordações são as melhores possíveis”, recorda o técnico do Brasil, Luizomar de Moura, que afirma não ter superstições.

“São boas lembranças. E, uma boa coincidência, parecida com essa, aconteceu no Mundial em que essas mesmas meninas ganharam em 2009, na Tailândia. Na final, jogamos no mesmo ginásio onde a geração anterior tinha sido campeã em 2007”, recorda Luizomar, que comandou a seleção nos dois títulos.

Uma das que esteve na conquista do Sul-Americano de 2008, no Peru, é a ponteira Gabriela. Uma das líderes da atual formação, Gabi, de 1,73m, pode ser considerada baixa para os padrões atuais do vôlei, mas o treinador garante que não abre mão da jogadora.

“A Gabi vem com a gente nesses quatro anos de trabalho e a palavra superação vem fazendo parte do seu cotidiano. É uma jogadora que tem uma dedicação enorme e que supera a baixa estatura com muita disposição. Tem os fundamentos de recepção e defesa muito bons, uma boa impulsão e muita versatilidade no ataque”, elogia Luizomar de Moura.

Oportunidade aproveitada

Aos 17 anos, Gabi é a mais nova da seleção juvenil. Nascida em Niterói, foi lá que ela começou a jogar vôlei, aos 10 anos. Depois, transferiu-se para o Fluminense, onde ficou até 2009, quando passou a defender a equipe de Macaé. 
Após boas atuações nas duas últimas temporadas, Gabi ganhou destaque e acaba de ser contratada pelo Sesi-SP.

Na seleção desde 2007, quando ainda era infanto-juvenil, Gabriela afirma que a altura não é um problema na sua carreira, mas é uma dificuldade. “Não adianta eu ficar imaginando como seria se eu tivesse 10 centímetros a mais. Tenho que me virar com 1,73m e tento compensar isso da melhor forma possível”, diz a ponteira.

Entre as maneiras encontradas por Gabi, está a ajuda no fundo de quadra. “Sei que não vou conseguir ajudar muito no bloqueio, mas tento não dar tanto prejuízo ao time. Fico preocupada mais com a defesa e o passe. Não tenho pretensões de ser a maior pontuadora do jogo, nem a melhor bloqueadora”, brinca a jogadora.

Depois do Sul-Americano de 2008, Gabi conhece o clima que o Brasil deverá encontrar a partir de sexta-feira. “Naquele ano, fizemos a final contra o Peru e o ginásio estava lotado. Aqui, a torcida participa muito em todos os jogos. Dessa vez, se não fizermos a final contra o Peru, espero que o público escolha o Brasil para torcer”, finaliza Gabriela.

Programação em Lima

A seleção brasileira ainda fará um segundo treino nesta quarta-feira e ainda terá a quinta (21.07) para os acertos finais antes da estreia no Campeonato Mundial. O primeiro jogo do Brasil será na sexta (22.07), às 18h15 (de Brasília), contra a Itália.

A seleção brasileira está no Grupo B, ao lado de Itália, Sérvia e Cuba, e busca o sétimo título mundial. Os outros seis foram conquistados em 1987, 1989, 2001, 2003, 2005 e 2007.

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